Não sei porque, mas agora me bateu uma crise de Alice.Tenho pensado muito em fazer um post com o Cheshire com aquele sorriso em forma de lua. Mas jamais deixaria de lado meu incrível Chapeleiro Maluco e Lebre de Março, comemorando seus des-n-aniversários em grande estilo. E como pensar em Alice e não lembrar do Coelho Branco? Sempre muito atrasado para um compromisso. Dodô, a lagarta mais sábia que conheço. Sem esquecer dos bichinhos lindinhos que servem de bolinha de golfe para a Rainha de Copas. Os valetes, coitadinhos, sempre perdendo a cabeça.
Quando me refiro à Alice digo sempre na versão antiga, onde tudo fruto de nossa imaginação e as imagens que tinhamos eram de livros. Acho que o filme Alice 2010 deixou um pouco a desejar. Na verdade eu não sei se o filme foi fraco ou se minha imaginação que voa a mil, mas sei que na minha cabeça haviam mais fantasias e tudo parecia até mais real. Conseguia retratar perfeitamente as cenas, os personagens...
Penso que em cada momento da história, eu pudesse ser um objeto do qual via tudo de perto, mas sem que a Rainha de Copas descobrisse, ou a Alice me chamasse para guerrilhar junto a ela.
Talvez eu pudesse ser o Drink me ou o Eat me, ou o chá, ou o açúcar. O ratinho do bule, as rosas brancas que se fingem de vermelhas. Nem eu sei mais quem eu sou.
"Meu Deus! Meu Deus! Como tudo é esquisito hoje. E ontem era tudo exatamente como de costume! Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando eu levantei hoje de manhã? Eu estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: Quem é que eu sou? Ah, essa é a grande charada."
Agradeço, Lewis Carroll.